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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Viagem




     O dia estava escuro, com volumosas nuvens que cobriam o céu, haviam raios em suas extremidades, mas eles não podiam as vencer nesse instante, mas os belos e alvos raios cintilavam o horizonte, no qual continha frondosas montanhas, casas, árvores, carros e um verde campo, alocados harmoniosamente.
     A cada segundo o horizonte mudava, ele se transformava a cada segundo, diferentes placas, banners, mourões, arbustos, outdoors, porteiras e fábricas. Ao contar do relógio a visão contempla uma nova vertente, um novo local...
     E as pessoas conversavam, mantinham um diálogo continuo entre pessoas diferentes. Os assuntos iam e vinham, fatos e acontecimentos distintos, casos inusitados e conversas corriqueiras, sem nem as mesmo conhecer, você pode entender o que se passou naquela ocasião, sorrir, entristecer e ter pena.
     A historia de cada pessoa é diferente, mesmo que sejam criadas juntas, as pegadas de um, jamais serão copiadas por outro. A exclusividade de assuntos é algo costumeiro e simples. O que se parece aos nossos olhos algo tão indiferente, não passa de estruturas familiares, passado e afinidade intima de cada um.
Do mais, as historias se desenvolviam de forma clara, com leveza. Havia algo de muito próximo nelas, sempre acrescentados parentes, amigos, amores e animais. Os problemas também faziam parte desse mundo de novidades auditivas. Acontecimentos passados que refletem algo no futuro daquele que o fez, os problemas são simples descritos, a solução é um pouco tempestuosa.
     Entre as conversas próximas e as distantes, havia muito sentimento, qualquer que seja, havia. E naquela tarde, assim como esta e todas outras, fatos diferentes ocorrerão e farão parte do que era determinado. Assim como os olhos que lêem e não são o bastante, pois sem o entendimento de sua mente, seus olhos fariam só mais uma parte do seu corpo, assim como seu lábio ou cílio.
     E uma hora o fim chega, os passos, conversas, sorrisos e horizontes já ficaram para trás, passado, querido passado, a mente se interessa por algo novo, algo que vem agora, o que houve, já se foi. No entanto sua memória é a riqueza de sua vida, ela guarda todo o seu diário cotidiano, diferente de um simples diário, ela trás aromas, sentimentos, desilusões e saudades. Depende de você a gaveta que quer abrir. Se fosse escolher uma viagem, a chegada seria infinita.

- M. Leite  30/12/10

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Humilde infância

Aquela manhã de segunda estava fria, as portas da escolinha estavam abertas a espera dos alunos, os novos alunos, aqueles que debutariam a grande 1ª série. Muitos pésinhos pra lá e pra cá, crianças sorrindo, brincando numa algazarra infinda. O sino bate e cada uma entra em sua sala, nesse dia as mães estavam junto, deixando os pequeninos com suas professoras.
 Após a chamada, os alunos começaram a se olharem, haviam três rapazinhos que se olhavam e começaram a conversar.
Um deles era falante, dentuço, olhos castanhos claros, tinha sardinhas e era muito agitado.
Outro era um pouquinho rechonchudo, com bochechas fartas, pele morena e muito sorridente.
O último era magrinho, simpático, um pouco tímido e presente ao mesmo tempo, ria dos outros com uma ternura constante.
A professora disse:
- Meninos, silêncio! Daqui a pouco todos vão se apresentar aí vocês falam de vocês.
Os dias foram se passando, os três meninos iam crescendo, passando por novas experiências, novas surras, brincando, caindo de bicicleta, sorrindo, chorando. E assim seus dias eram preenchidos.
Na 8ª série, cada um tinha seu devido estilo, suas características intrínsecas tinham sido evoluídas, os amores tinham passado por suas portas, as bebidas tinham passado por eles, os cigarros escondidos e também o trabalho.
A amizade que neles era mantida perdurou desde a infância, desde os pésinhos pequenos, até as baladas no interiror.
Porém o que nenhum deles sabia era que a amizade entre eles jamais se perderia, houve momentos de fúria, momentos de discussão, de desconfiança, de sorrisos interminavéis, de apelidos e de comunhão entre si.
O dentuço deixou de ser dentuço, e tornou-se um jovem escritor,
O gordinho continuou gordinho, mas tornou-se um admirador da vida e sonhador de sucesso na vida,
O magrinho também continuou magro, mas aceitou mudar-se e tentar a vida sozinho e com êxito.
O tempo passou depressa demais para eles, os dias frios da escola tinham sido esquecidos, as broncas e atrasos também, o que ficara na mente de cada um, no coração do trio era sempre e intensamente todo o sentimento que houve em suas jornadas conjuntas, das brigas, das enrascadas, dos lugares que nadaram, que sorriram, dos apelidos e das sortes que tiveram.
Hoje não estão mais unidos, o tempo os pregou essa peça, rumos trilhados arbitráriamente, cada um com sua respectiva vida, embora longes estão próximos demais, pois o telefone nunca pára.
Saudade! Saudade de ficarmos juntos embaixo da grande construção da paróquia, saudades das voltas de bicicleta, das festinhas, da praçinha e dos trabalhos de escola.
Um dia em mais ou menos tempo, cada um deixará aquele abraço de despedida, a vida também se minguará e cada um deixará de brilhar uma hora.
Porém o que na vida deles o que mais contou, foi a amizade e o calor do amor.

- M. Leite (26.01.2011)

P.S: Aos queridos, Bruno e Felipe, meus amigos.

Ansiedade

É assim tão embaraçoso e angustiante,

O coração palpita e a frustração fica ali, 
No alto, esperando a hora de me agarrar.
A respiração acelera e pára! 
O medo acerca
E a esperança relaxa.

O peito dói!
Uma sensação estranha, 
Há amor.
Quero matar logo isso, 
Mas e o tempo?! 
O tempo me prende, 
Ele não me deixa ultrapassá-lo.

Irrito,
Brigo, 
Sonho e canto,
Enquanto estou preso, 
O que me resta mesmo,
É a ansiedade.

- M.Leite (20/08/2007)

O beijo

   
 Já estava escuro, a noite abraçara a cidade, os ruídos lá fora eram insípidos. O coração daquela garota tinha um assunto inacabado aquela noite. A agonia a beijava com seu sopro gélido, os minutos demoravam, o relógio era seu maior inimigo naquela noite. Antes de qualquer contato inerente da pele, o contato por palavras era assíduo, havia muita determinação e afeto em todo esse oceano de possibilidades.
Dias a fio o contato era alimentado e suas estruturas iam-se cumprindo, ás vezes ela ficava magoada, ás vezes debochada e muitas vezes feliz. De toda sua história o final entre o singelo contato e a realidade uma hora chegaria, e então naquela grande noite aconteceria o beijo.
O sino tocava singularmente na pequena cidade, entre outros ruídos de aves noturnas e o breve barulho do vento, estava frio e a noite sorria para eles. A hora marcada aproximava-se, os calafrios e vontades afloravam.
Ele estava impaciente e receoso a aguardava lá fora, seus olhos viam mais carros e vultos que existiam, estava um pouco assustado com a rapidez do dia e como as coisas sucederam-se. Mas no fundo ele sabia que a hora era oportuna, instigante e muito virtuosa.
As idéias naquele quarto estavam dentro de um labirinto, eles não se encontravam, os assuntos sugiam de forma aleatória, no entanto o assunto não era tão importante, o que eles mais apreciavam eram a voz e as feições, coisas pouco vistas antes. O tom era amigável, com tolerância e aceitação de opiniões, a vontade os acendiam, cada vez mais de acordo com o conteúdo da conversa, passavam os minutos, o tempo já não os mais respeitava, ele por ventura corria. Mas o enlace de alegria que os cobria fazia com que não se importassem com o tempo.
Aos poucos foram se unindo, conversando proximamente, palavras sussuradas e com tom sensual, a mão fora tocada por ele, de súbito anônimo uma carga de euforia subiu em seus corpos. As mãos se acariciavam, palma, dedo, unha. Estavam cada vez mais próximos, os rostos conversavam mudos entre si, o olhar os guiava, como um imã da paixão, os lábios rosados e úmidos tocaram um ao outro, era quente e frio, trêmulo e molhado, sentia-se algo jamais descrito no peito, o perfume agradável, a música bela, e a continuidade do primeiro beijo tornou-se a noite inesquecível para eles, o fogo do desejo tinha perpetuado, o carinho crescia, todas esses fragmentos do amor que havia nesses dias passados, fora degustado ardentemente, o beijo, o gracejo e a ternura daquele noite extenderia-se para outros também.

- M. Leite (21.01.2011)

Dia estranho hoje, não é?



Acontece que há momentos que não vem nada em sua cabeça, você pensa e repensa e não consegue situar-se. Hoje pode ser um desses dias malucos, que as idéias ficam vagas e desorientadas. Talvez aconteça porque essa noite não dormi o tanto quando deveria, ou é a falta de inspiração mesmo. Há momentos que parece que meu intelecto furou e vazou tudinho que tinha lá dentro, ou será que não está ligado na tomada?

Hoje começou estranho já de cara, o dia chuvoso, o frio batento nas costas, os carros vagarosos, uma costumeira dor na cabeça, devido o excesso do uso do computador, cansaço e um pouco de tristeza. Acho que dormir faz mais bem a saúde do que penso.
Com esse dia conturbado, a vontade de escrever surgiu como a de ir no banheiro, não entendendo e sem saber o que escrever, penso no que está acontecendo, e descrever como um simples jornal não passa de uma leitura inútil.
Seria melhor falar de cubos coloridos e fantoches gordinhos, mas hoje não tem jeito. O menino que mora na minha cabeça ta doente e repousando.
Todo entendimento dos dias e suas diferentes mudanças comportamentais da-se pela vida de cada um, acho que esse assunto talvez eu não saiba demais, pois estou mais preocupado com o gosto ruim do dipirona que logo logo alguém vai me trazer.
A cabeça está estranha hoje também, não sei que parte de mim está falando com vocês, se é o menino, a Ceci, o jovem, o adulto, o melancólico, o rabugento ou o doce. Parece que nem mais sei quem sou.
Unica coisa que sei, é, de que existo.

- M. Leite (20.01.2011)

Angústia



Meu pavor só pode ser aliviado,
Com minha ida. 
Longe daqui, mas não longe de lá.
 
Murmúrios são desenvolvidos,
Fúria e corrosão própria,
Melancolia e nojo.
 
Gemidos e aflições criavam em meu ser,
Membros e gestos esgotados, 
Dor, me fortalece e alivia.   

Por não poder matá-los? 
Não. Pela frustração de não ter feito. 
Somente meu tédio fica nesse tempo, 
Injusto e passageiro, o bastante por não ter se concretizado.
 
- M. Leite (0
6.01.2011)

Verdadeiro Natal

Ao menino Jesus
Filho de luz
cordeiro humilde
de graça e beleza

Singelo rei
nasceu entre palhas e os animais
a estrela brilhou
da vida feita para o amor

O natal

A esperança da vida
Época de amor
bênçãos e louvor.

Menino Jesus que a todos olha
tocai o coração de todos que o ama.

- M. Leite (23.12.2010)

Dia cinza



Coisas e coisas
Dias e dias
Pessoas e pessoas
sentimentos e sentimentos

Os carros nunca param lá fora
A chuva está a espreita
o dia está escuro
a noite não tem luar.

Sabedoria e ignorância
margem direita e margem esquerda
Luz e escuridão
Ele e ela.

Um pouco de alegria
dissipa toda tristeza
mas um pouquinho de tristeza
dissemina o desinteresse.

Conseguir mudar tudo, é como ganhar um pote de ouro do outro lado do arco-íris.

- M. Leite (01.12.2010)

O amor

As vezes penso que estou sozinho
Num emaranhado de trevas e calafrios
Enfurnado num opaco e fosco lugar
Sem luz, nem cor.

Pensaria ainda mais se não tivesse ninguém,
Mesmo com o caminho difícil
Permaneço com eles em minh’alma.
 
Ao passar de minutos, minha vida,
Se esclarece, cheia de luzes e cores
E deixa de ser apenas
Trevas e escuridão.

Mas o melhor do ciclo, é saber
Que haverá luz e trevas
Sempre em todo lugar e caminho.

E nunca esquecerei, que tudo muda
Quando há um simples,
Pessoal, e extremamente grande calor,
O amor.

- M.Leite (28.11.2010)

Vitória

Pensei em coisas impossíveis,
Dias.
Fatos.
Preocupação.
Sem mesmo saber, que por menos tempo que pensava,
Consegui!

Confiei em minha fé, e,
Jesus me abençoou
Ele me segurou
E me disse: Não desista! 

Meus olhos viram tudo
Minha pele suava
Havia certo tremor

Via luz.
Sorri,
Me confortou aquele gesto
A ternura foi maior que o problema.

Os olhos brilhavam
A mente viajava 
Havia sorriso nos lábios
E amor no coração
Ele colocou suas mãos em meus ombros,
E todo meu desespero converteu-se em luz.

Sem Jesus nada teria dado certo,
Minha fé me deu
Um instrumento;
Consegui!

Com júbilo em minha alma e,
Vitória em meu coração. 

- M.Leite (30/06/08)

Trovinha de Minas

A humildade mineira
tocou a natureza
graciosa irmandade
faceira beleza.
- M. Leite (09.11.2010)

Jovem sabedoria

Os pés estavam molhados, tinha muita areia sobre suas unhas e dedos, a água ia e vinha num compasso continuo, o sol brilhava com força, a pele corada da menininha estava exposta, seu sorriso era visível, de cabelos negros, pele clara e maçãs avermelhadas. Ela não estava sozinha frente aquela imensidão de água. Tinha várias outras crianças junto, algumas com muita alegria, outras com apreensão e outras quietinhas.
Aquele dia era um dia diferente, era um domingo de manhã, tinha crianças felizes para todo lado, bastante comidinha e vários adultos pra lá e pra cá. Era um dia feliz.
A menininha de cabelos negros estava olhando para o mar e o céu, imaginando como era pequenina e deduzindo a grandeza de Deus. Ela estava feliz em seu pensamento, sua inocência a mantinha plena. O céu e o mar tinham belezas que jamais seriam duplicadas. Mas em seu coração, a moçinha que desenhava corações e casinhas na areia sabia que todas essas coisas sem a presença de Deus, não existiriam.

- M. Leite (09.11.2010)

Maçã

Cravo meus dentes em uma das mais suculentas frutas que existe, é doce e porosa, contém um líquido doce e generoso. Com a união de sua casca e poros, consegue ser um pouco dura ao arrancar um pedaço, mas uma vez em sua boca, a polpa cede, refresca sua boca, língua e garganta, limpa suas cordas vocais e as alivia. Singela e exuberante de toda sua composição, é vermelha, carnuda e faz barulho ao mastigá-la. Há colorações variadas, de verde, amareladas e vermelho escarlata. O simbolismo da fertilidade e amor nela está imposta, nos dá a intenção e consciência do fogo da paixão, nos incentiva a desejar. De toda essa delícia pecaminosa, o que importa é o sabor.

- M. Leite (
04.11.2010)

Afaste-se

O dia amanheceu frio,
o humor não era de se esperar
rispidez e acidez

O dia não era feliz
melhor as pessoas não se aproximarem
muito menos questionarem

O sangue estava gelado
o ódio era visível 
a raiva transparecia seu olhar

de todo o momento
o perdão ainda não chegou
para iluminar o dia

enquanto o trem brilhante não chega
a ira o consome.

- M.Leite (
03.11.2010)

Loiro



   Por aquele corredor iam com certa pressa um garoto e uma jovem mulher, estavam sorrindo e conversando, a manhã fria os acolhia para o desjejum. Entre as garrafas, bandejas e copos, conversavam sobre seus dias atuais, expondo iniciativas, desejos e anseios.
    Os pães estavam alvos e crocantes, o leite pelando e os talheres estavam entre os guardanapos. A cada inda e vinda de cada assunto uma mordida e outra se ouvia dos pães suculentos sendo apreciados. Apontou sobre a pilastra um belo rapaz, com olhos meigos, boca singular e semblante garboso, estava sozinho entre as pessoas, como se fosse exclusivo aos olhos dela, ele andava calmamente entre as bandejas e os pães. Seus cabelos loiros e sua pele clara acresciam seu encantamento e atenção por ele. Era alto, tinha pés e mãos grandes, sorriso envolvente e era muito viril.
Ele andou sinuosamente em direção a eles, sem nem mesmo perceber a vizinhança presente, se assentou no estofado ao lado. Calmamente ele deixava sua mochila ao lado.
O olhar da jovem estava estagnado, com muita ternura e carinho pelo rapaz, a cada piscada e movimento dele era um breve suspiro dela. Em sua mente ela criara um mundo totalmente novo, com possibilidades e desejos escondidos, imaginava como poderia ser se estivesse ali a frente do rapaz.
   O salão em que estavam tinha uma temperatura confortante, entrelaçado de pilastras e vidraças espaças em suas paredes, havia muitas cadeiras e mesas, um pouco de luxo e requinte.
    Ela podia contar quantos cílios o belo loiro possuía, se ela pudesse parar e admirá-lo sem pressa ou recusa. Com todo esse carinho e atenção ele levantou e se foi, caminhando como de costume vagarosamente e desacelerado, tinha muito charme e aparente integridade, ultrapassou a porta e se foi. A jovem garota não estava deprimida, mas sabia que aquela flecha do cupido só tinha a acertado. Os minutos continuaram a contar, chegou o almoço, o fim do expediente e finalmente seu sono e com ele, a pequena luz que fora acesa pela manhã, apagou-se.


- M. Leite (29.10.2010)

Essencial

Ler é essencial a mente. Entender, questionar e apaixonar-se. Paixão e livros? A sensibilidade ímpar dos sentimentos exprimidos em versos. O romantismo não são apenas flores, elas são belas, mas morrem.
De todas as flores de minha vida, os poemas são os quais preferi.

- M.Leite (
26.10.2010)

Jardim Vermelho

Você vai começar a descobrir dentro de você, a pessoa que é.
Vai começar a compreender a ternura da sua alma
Começar a entender que o perdão é a passagem.

Um dia despertará a chama do amor
Dia belo despertou em seu ser
Despertou a misericórdia, pura e sincera.

Embora mágoas e rancores percorram sua mente
O esplendor do amor e da benevolência dissipará todos espectros.

De todo entendimento, 
Seu coração está feliz, sua mente em paz e seu corpo saudável.
Suas preocupações, ira, angústia e ódio acabaram.
Se livrou dos males, a vida sorri novamente para você.

O respeito e a consideração voltam a serem cultivados,
Os raios da paz e ternura começam a cintilar as águas serenas da bondade.
E o triunfal sopro do amor percorre seu jardim vermelho.

- M. Leite (
26.10.2010)

I'm alone in this world

no fundo do copo vejo a foto
no fundo do poço estou só
o choro não enche o copo
lágrimas se dissolvem no álcool
- se vai chover amanhã ... ? tanto faz
o copo vazio é o reflexo da alma
a garrafa na metade é o consolo
consolo de quem se agarra nela
e flutua sozinho no abismo da vida

(só queria não ficar sozinho...)

reVitor (03.10.2010)

Lei da Física

Um dia não pode ser maior ou menor que outro
as horas correm do mesmo jeito
a ampulheta da vida está correndo

Aproveitar seus dias
as coisas acontecem da maneira que você quer
O plantio é a base
a colheita pode ser gozo ou desespero.

Jamais haverá dias nulos
o viver é o protagonista
queixar-se é apenas uma figuração.

Amar a si e ao seu redor
Diminuir os caminhos
atalhos oportunos e bondosos.

Saber que dias e pessoas 
fazem rotação
amar e dedicar-se depende,
apenas de você.

Reconhecer sua vida como bela é necessário.

- M. Leite (
01.10.2010)

Pirulito



Entre os dedos rechonchudos estava um grande pirulito colorido, com várias voltas e cores.
A gordinha lambia e pensava em sua vida, com o doce gosto ela sonhava em ser uma bela bailarina. Seria a estrela de uma dança entre cisnes e bambolês, o cabinho do pirulito estava com açúcar derretido e um pouco melado, assim como suas bochechas fartas, seus olhos eram redondinhos e tinha uma feição muito alegre. Em seu coração tinha vários sonhos e cada um deles com muito gracejo. Ela estava no banco da praçinha, o banco era verde e a menininha usava um vestido claro com florzinhas pálidas, com laços no cabelo e sapatilhas azuis. Entre os pensamentos e o pirulito ela se distraía e aproveitava sua tarde, entre todas as pessoas que estavam na praçinha, ela estava feliz em sua ingenuidade e sonhos bonitos. Uma hora ou outra o pirulito acabaria-se, e seus sonhos tornariam-se realidade.

- M. Leite (30.09.2010)
 
 
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