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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Textos ruins, e os títulos crus

            Certamente já esteve minguado de inspiração e vontade, incomodado pelo número de pessoas lhe incomodando e interrompendo seu breve grito de paz. Há alguns dias assim, em que não se sabe quais são os perigos e o lado correto da calçada, entende que andar por impulso como a inspiração é mais arriscado do que uma dose de morfina.           
            Quem ainda não sentiu nos pulmões o fisgar de agulhas com o susto, jamais entenderá para o que a vida existe, uma vida cheia de cuidados, ascos e rejeições, conheci pessoas que tem o prazer em criticar a conduta dos outros apenas por serem humildes, que farão quando a velhice chegar e a ajuda ser necessária?
            Momentos assim, onde a frequência de uma voz lhe atrapalha e ira, não percebem o que estamos fazendo? Inúteis, há muitos inúteis por ai, o tempo todo posso enxergar, não se importam com suas próprias inconveniências e insinuações impróprias, já se não bastasse a conduta banal e idêntica, são muitos, muitos comuns que viverão uma vida pequena por terem uma alma pequena, cheia de cobiça e orgulho.
            A arte lhe foge, é como uma gota de mercúrio na palma de uma de suas mãos, alí, pequena e traiçoeira, lisa e ágil, a qualquer vacilo escorre e se perde no chão, assim as vezes sinto, como um desesperado para manter a gota de mercúrio nas mãos, que de mim a arte nao fuja e que nos dias em que pouco manisfesta eu não relute de escrever rapidamente acerca que não torne mais um dia oco e comum como os demais.
            Um presente, dos deuses como os outros acreditam, digamos assim, que nada poderia ser mais impulsionado pela catástrofe mental, a arte em si é uma loucura culta que brota entre os olhos, pouco acima do nariz, um local onde o ar refrigerado torna-se saboroso, gélido e brando, talvez seja a fonte da criação. Uma mina, expurgando meus males e bens, em uma fumaça de esplendor que corre meu rosto e flui como um manacial de meus lábios e dedos.
            Todavia um texto ruim, assim como este, com palavras e palavras sem conexão ou beleza, uma arte contemporânea, que talvez entendida seja, com os anos futuros, quando a arte inundar a maior parte dos juízes da terra e então quem sabe torne-se magistral, mesmo que assegure de meu próprio sentir a desaprovação na base e estruturas, mas que seja finalizada, assim como no mundo, produza uma casa feia, um elefante branco ou talvez um estádio de futebol.
           
            - Marcos Leite

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