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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Saxupquy - O rochedo

Capítulo 3 – O rochedo


- O que está fazendo aqui!?
- Não sei!
- Simão deixe a garrafa de rum de lado, tens uma preocupação maior aqui.
- Capitain! – Disse com dúvida, ao tentar dizer a segunda palavra, viu os outros do navio, alguns limpando o convés e o gaiteiro soprando aquele instrumento agudo.
- Tivemos uma bela presença de um temporal, quando me dei conta que estavas no seu quarto Simão, achei que estivesse cansado, os outros ajudaram a colocar as velas de forma correta para que o vento tivesse força.
- Mas e a Bruxa? – Questionou o marinheiro.
De tom tão alto que até as gaivotas que estavam longe na praia ouviram as gargalhadas e todo o escárnio proferido pela boca de Canebre.
- Acreditou mesmo? Por isso digo que és um patife!
Simão não disse mais nada, apenas o encarou com olhar de desprezo, cuspiu próximo onde estava e saiu.
- Marinheiros, todos aos postos, estamos próximos a praia! – Gritou bem alto o Capitão! Fechem suas braguilhas e recomponham-se, não sabemos o que podemos encontrar.
O sol estava castigando a tripulação, tão quente que o suor evaporava e o estoque de água aproximavam do fim, não era de se preocupar, a praia estava em suas ventas e água doce jorrava com tanta pureza e fartura que passariam a vida toda a bebendo.
A ancora foi jogada por cinco fortes e grande marinheiros, a içaram e a empurraram da superfície da proa para o mar, ao contar de números. Estabilizados e cheio de curiosidade prepararam alguns botes de madeira maciça que o navio trazia e foram alguns e outros ficaram, ao cuidar dos pertences e até tiverem certeza que nenhum perigo estava a espreita ou mesmo uma armadilha por de outros navegantes.
Sem dúvidas e desiludido com a pirraça de Canebre, Simão foi com os seus procurar água e comida, o capitão e alguns aliados ficaram a bordo, na espera de noticias. Após voltarem da praia com alguns cachos de frutas, três veados e uma grande porção de côcos.
- Estiveram em perigo Marujo!
- Capitão! O que vimos foram apenas bichos e uma cachoeira bela.
- Nada de bárbaros ou índios? – Continuou – ultima vez que passei por essas bandas encontrei pessoas mortas nas árvores e também alguns rifles pela areia. Já basta de batalhas!
- Não nada vimos! – respondeu Simão com voz amena, levemente cansada.
- Arrumem toda os mantimentos e assem um dos veados, amanha peregrinaremos um pouco mais pelo rochedo.

Continua...

- M. Leite

2 comentários:

  1. Um texto envolvente, cheio de aventuras e superstições, muito bom de se ler, é sempre bom ler textos que nos levam a esses ambientes, mar, navios, piratas, espero pelos próximos capítulos.

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  2. Através das figuras mar, navio,madeira, floresta, animais percebo uma temática: Simão, principalmente, tentando encontrar seu lugar no mundo.Qual sua missão.
    Percebo um intertextualidade com Robinson Crusoé e também Simbad, o marujo. Vlw

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