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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sereia Negra

Como um cântico profundo, volúvel
Ouço-te sob o frígido ar do cortejo
Mitológicas ondas dos mares, demônios, intermitentes
Te trazes a mim, a devoção de minha malevolência

O barco cessa no declive, e salto
Trago-a comigo, desejos de peles transversas
Amplexo entre dois mundos
Que queimam, feito o lume no inferno!

Vós sugares minha vida, pouco a pouco?
Sereia és tu, imortal — e do mal
Enganara-me com seus versos servientes
Surreal e abissal

Permita uma dança?
O corpos sintonizados, volúpia, iniquidade
Ele está enfeitiçado, jamais reconhecerás
Um beijo de adeus, desanuviou no mar

Vozes a noite ainda me assombram
Forçando-me a ceder
Mas nunca, jamais cederei
Se tenho uma escolha, então escolherei viver!

Não atrevas deixar-me, insisto!
Sou a princesa das águas, não te estribes
Já não podes me corromper mais em sua angústia!
A praga brotará, perecerás...

Resquícios de fumaça entre a água e o ar, desaparecestes,
Oh! varão invejável, luta, e acolhe-se nos braços de Laura,
A valsa e o enlace matrimonial, fumegados.
Perecerei...

O beijo azul da sereia cor de ébano,
Vermes e a peste proliferou, sangue, nunca mais
Murcho e oco, flutua sob o Cáspio
Em seu corpo, fios de cabelo negros tragam-no para as profundezas do mar.

- Dueto de Mauro Alves e Marcos Leite

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