A tarde doce dos elevados ares das montanhas nos
encontraram com velocidade amena e nos atribuiu o frescor da região, conhecida
como o sul do Estado das minas de ouro e minérios nobres. Já era um pouco mais
de seis e meia, e chegávamos numa velocidade reduzida, eu e Ortegas apreciávamos as belezas dos montes e a diversidade de pássaros e árvores, no qual
se formavam um vale, e desaguava um rio cujo a profundidade vista ao longo,
deduziríamos que não se excedesse a trinta centímetros.
O estilo sutil das casas e a rara envergadura
europeia, tornava a cidade aconchegante e com aspecto familiar e suma
segurança, no entanto viemos a investigar algo que fosse diametralmente
distante do que o cotidiano simples da população assemelhava.
Ao descermos do carro e rumamos a hospedaria,
avistamos um homem alto com nariz grande e aquilino, cujo as calças estavam
largas e o paletó com riscas de giz.
- Ainda bem que chegaram, estive esperando por
minutos infindos.
- Recebi seu telegrama, e viemos de imediato.
- Sugiro que tomemos café, há alguns fatos que devo
lhes contar.
- Menezes, nos encontraremos as oito e quinze no
saguão, temos de nos aprontar. – Disse Ortegas.
- Obviamente.
O trato no qual jamais encontramos nas grandes
cidades, somos surpreendidos a conhecer no interior, tal gentileza custaria
muito caro se fosse em outro país, ou mesmo na capital. As dependências eram
rústicas, porém, espaçosa e tranquila, assemelharia ao sul da França, onde
encontramos o sopro gélido do vento e seus formosos campos umedecidos pelo
sereno continuo.
Ao se tratar de um assassinato, as vezes é melhor
ser o mais austero possível, se usares um semblante totalmente vulnerável, será
reconhecido pela malícia de culpados sagazes. Ao chegarem sequer trocaram
palavras com os funcionários, reciprocamente trocaram cumprimentos.
Ao adentrarem o saguão, Menezes os esperavam:
- Sigam me, tenho alguns fatos a serem compartilhados.
- Um pouco redundante, acredito... – Disse em voz
baixa, talvez o senhor tenha ouvido e considerou um comentário irrelevante.
Ortegas ao assentar na cadeira de madeira com
encosto metálico, decoradas com talas de
couro e espuma, observava os demais que ali estavam. Fora a mesa dos
cavalheiros, tinha outra mesa com uma mulher usando um xale roxo, e com anos
vividos, acompanhada de uma moça jovem com cabelos negros. Estava quase vazio o
local, ao olhar de relance sobre o número de mesas e cadeiras, no entanto,
distante deles, tinha um rapaz alto com olhos suspeitos, com o olhos miúdos e
redondos, assemelhavam como os de porcos, mas ao conjunto facial tinha um leve
fator de beleza.
- Ontem por volta das seis e quarenta da manhã, um
assassínio fora cometido nas dependências das quais vivo com minha família, e
asseguro-lhes que não tenho participação alguma neste crime, ou em qualquer
outro, longe de mim, no entanto um inquérito policial foi iniciado acerca de
uma denuncia anônima, perscrutando então a minha possível participação e de
minha esposa e filho. Acho que nossa residência serviu de álibi para o criminoso,
fingindo então passar-se como inocente e cruzando então a nós, uma batalha
entre a justiça e nossa integridade perante a sociedade.
- Conheces a vitima? – Perguntou Ortegas com olhar
severo.
- Nunca a vi, é uma mulher magra, com seus cinquenta
quilos, e jamais havia a visto nesta cidade, foram encontrados vestígios de sangue
sobre o chão do quarto de hóspedes, mas não recebíamos ninguém nesta ocasião, o
que mais nos intriga, como alguém pode entrar em nossa própria casa e
assassina-la sem que ouvíssemos, claramente o convoquei para que pudesse
esclarecer a mim também este caso. E pelo que averiguei, tal dama teria vindo a Passa Quatro, em busca de bordados comumente comercializados aqui.
- Onde estava o corpo? – Ortegas prosseguiu.
- Em um grande baú familiar, é comum na região
possuirmos tal artefato, anos atrás as famílias costumavam guardar suas roupas
melhores, assim protegendo-as de insetos e luz solar. Todavia, o baú esteve
trancado o tempo todo e tal mistério, parece mais uma anedota para a policia do
que a simples verdade da qual tento os comunicar.
Com mãos cruzadas abaixo do queixo, Ortegas pensava
com olhos cerrados, estive tentando colocar uma logica possível para o caso e
tentar não ficar favorável a Menezes, sendo que o possível culpado pode ser o
mesmo, todavia, há mais elementos envolvidos, não devo me precipitar ao
encontrar soluções tão absurdas como um homem matar em sua própria casa alguém
do qual jamais viu e tentar convencer a família a consentir, sem que ao menos
tivesse algum desafeto pela vítima.
Em um breve silencio comum, o detetive falou
abruptamente:
- Teremos de visitar sua residência, pode ser ainda
pela manha?
- Sim, quero que seja solucionado o mais rápido
possível, estamos constrangidos com tal ocorrência, e asseguro-lhes cavalheiros
mais uma vez, eu e minha família nada temos a ver com isso.
Ao chegarem na casa do contador, se admiraram ao
fitarem uma bela casa com cercas baixas próximas a cintura, apoiada por muros
com pilastras de sustentação e um grande número de enfeites de jardim, com
aspecto amigável e singelo, a casa pelo lado de fora transcendia luz e
jovialidade, após entrarem, perceberam que o aspecto também no interior
permanecia confortável.
- Vejam, aqui está o cômodo onde foi encontrada
morta, seu nome é Senhorita Elen Negreiros, e morava cerca de três horas da
cidade. Tais dados foram informados pela policia, do qual presumo que queiram
tal dossiê, tive a petulância de pedir aos policiais uma copia dos dados
obtidos, para que pudesse entregar a ti meu caro.
- Sugiro que nos deixe a sós Menezes, gostaria que
ficasse no quarto apenas Hugo e eu.
- Desculpe senhores. – O dono da casa saiu aos
suspiros.
- Vejo que é um caso complicado.
- Hugo, talvez, um pouco provável, mas tenho minhas
perspectivas quanto a tal crime, não é tão incomum como pensas.
- Percebo que está com um mapa do assassinato na
cabeça.
- Acertou! – o detetive deu com a cabeça para trás
e sorriu sorrateiramente.
- Analisemos os vestígios, não há nenhum tipo de
pista que comprove que a vitima fora morta aqui neste cômodo, apenas um pouco
de sangue, mas não há fios de cabelos e nenhum outro vestígio como unhas ou
terra, claramente sairia fuligem de seus sapatos ou mesmo fios de cabelos
cairiam no chão caso fosse morta neste local. Porém, o corpo não está mais a
nosso dispor, mas o que vejo nos relatórios da pericia, é, Elen fora morta a
facadas na glote e no peito, com profundidade de oito a treze centímetros, isso
mostra o quanto tomado de fúria o assassino estava, seja por algum motivo
pessoal ou a mando de alguém.
Hugo, veja, a quantidade de golpes foi pequena,
todavia, a força no qual empenhou a usar, foi de extrema intensidade, o que
descarta a hipótese de uma mulher te-la matado. Outro fato é que se tivesse
sido morta neste lugar, todo o chão estaria coberto por sangue, um golpe
próxima a tal região no corpo cortaria veias do pescoço com grande fluxo sanguíneo.
- Mas se me dás tais dicas, qual é o real motivo? –
Disse impaciente.
- Assim que tiver a súmula formulada por mim mesmo,
eu a divulgarei. - Ortegas disse com tom cínico.
Ao olharem o baú não encontraram nada, apenas um
delicado bracelete de ouro, com as insígnias EN, o que pertence a Elen
Negreiros, porem não passava de uma jóia, e uma pista singular, no qual os
desinformados concluiriam que ao encontrar um bracelete valioso e o assassino
não o roubasse, a carta de resignação seria que o crime tivesse sido por
motivos pessoais entre ambos.
- Terminamos por hoje, amanha voltaremos e
permito-me a dizer que com a resolução do caso. – Impôs Ortegas.
- No entanto preciso que responda mais algumas
perguntas. – o detetive prosseguiu. Há
mais alguém na casa do que seu filho e sua mulher?
- Sim, há uma criada, chamada Beatriz Fontes, e
está com a família cerca de vinte anos.
- Ela recebe visitas?
- Creio que não, jamais em toda sua presença com
minha família ela trouxe alguém ou recebeu alguém aqui.
- Conte mais sobre a rotina familiar?
- Levantamos cedo e voltamos a tarde, e quem fica
na casa este meio tempo, é apenas Beatriz.
- Como tens certeza que não recebe ninguém? É
jovem?
- Sim é jovem, tem vinte e sete anos, a mãe faleceu
quando menina, então como Helena trabalhava aqui, a adotamos e a empregamos.
- A cidade é pequena, e já vira alguma vez ela se
encontrar com algum rapaz?
- Uma vez a vi, a encontrei com o jovem que estava
hoje na ultima mesa quando tomávamos café. E atribuo esse encontro como mera
coicidência. A vi de longe e seu semblante consternado, exibiu uma recusa ao se
falar com o jovem, mesmo que ele estivesse apenas pedindo alguma informação. Se recorda dele? – Inquiriu Menezes.
- Sim, recordo.
- Pois bem, teremos de interrogar a senhorita
Fontes, ela se encontra?
- Sim, posso chama-la, a proposito detetive, peço
que deixe minha família de lado quanto a interrogatórios, já estão abalados o
bastante, não gostaria de um constrangimento ainda maior.
Com olhar fixo e levemente com o semblante
alterado, Ortegas disse:
- Estou investigando o caso, não posso limitar a
gracejos familiares.
Após o categórico recado, o detetive sentou numa
cadeira e colocou seus braços sobre a mesa, acenou para que Hugo sentasse e
esperaram até que a criada chegasse.
Com passos apressados e deturpados, abriu-se a
porta e entrou o dono da casa e a criada, pedi que permanecesse apenas a criada
e Ortegas e Menezes assentiram.
- Cá estou, que querem de mim? – Disse assustada.
- Fique tranquila senhorita, precisamos apenas de
algumas respostas para podermos analisar o fato em questão.
- Não estou metida nisso, cruzes, como podem pensar
tal possibilidade.
- Peço que acalme-se. – o detetive com sorriso
bondoso a confortou. E continuou. Vira algum rapaz ou homem entrar na casa a
não ser o filho e o próprio dono da casa?
- Não senhor, não entrara ninguém aqui.
- O que fazes a dona da casa?
- Ela possui dotes delicados, e é uma bordadeira
muito conhecida na região. Tem uma loja próxima ao centro e costuma sair junto
do marido e do filho.
- Neste horário você já está trabalhando?
- Sim, preparo o café e começo a cuidar do
restante. Mas do que isso importa para seu portifolio? – Perguntou confusa.
- São perguntas senhorita, e quero saber também de
outro fato, a segurança da residência pelo que me parece é um tanto vulnerável,
com cercas baixas e sem muito o que proteger.
- Sim. Mas temos um jogo de espelhos, no qual o
corredor informa quem entra e sai, e assim temos ao menos a chance de ligar
para a policia.
- Bom, isto é tudo senhorita Fontes, estamos
satisfeitos de sua colaboração.
A criada abaixou a cabeça como uma reverencia e
saiu rapidamente pela porta.
- O que achas Hugo?
- Sinto sinceridade em suas palavras.
Ao voltarem para a hospedaria, ficaram surpresos
com um telegrama destinado a Ortegas com a seguinte descrição:
“Estamos
próximos, quem sabe entendam o reverso da moeda”.
Não tinha remetente e era um telegrama comum do
correio, o que permitiram pensar que talvez o assassino já estivesse a espera
dos cavalheiros. Usou tal mensagem como uma alfinetada sarcástica na honra do
detetive quanto a complexidade do caso. E acendeu em sua mente um parecer de
duvidas quanto aos depoimentos de Elen Fontes e Alberto Menezes, o que poderia
ser apenas uma encenação, e terem atuado com proficiência para o caso não ser
solucionado.
Mas se Alberto estiver envolvido, qual o interesse
de contratar meus serviços e ainda ser sentenciado pela policia, vejo que é um
homem de respeito no município, mas, se tiver um segredo ainda que não tenha me
contado, o descobrirei rapidamente. Quanto a criada, ela me pareceu um tanto
verdadeira, mas não posso esquecer a primeira lei que um detetive deve ter em
mente, as pessoas mentem, e também minhas perguntas não foram nada sugestivas,
não a questionei sobre a vida pessoal e amorosa, no entanto, se encontrou o
homem que vimos hoje no salão de refeições, pode ter a breve hipótese que
tenham criado tal plano para a morte de Elen Negreiros. Mas se pelo que vejo
não a conhece, e ainda tenho minhas duvidas quanto ao rumo de como as coisas
andam. – Ortegas pensou consigo.
- Que achas sobre o caso meu caro companheiro?
- De nada sei, as pistas estão cada vez mais
complexas, e estou a ponto de enlouquecer. – Disse.
- Seja menos afoito Hugo, temos ainda que entender
o rumo e ordem dos fatos.
- Já tens o desfecho?
- Ainda não.
Com o passar da noite e a grande serenata de estrelas
a admirar sai para apreciar um pouco de ar fresco, com meus pensamentos
voltados apenas para o crime, no entanto, o ar e a beleza do Sul de Minas, me
fez conceber um melhor estado de espirito e adentrar uma breve parcela de meus
pensamentos para o campo onírico. Enquanto estivera ao relento pensando e
aproveitando o grande e belo luar passaquatrense, Ortegas estava dentro do
quarto a pensar no qual motivo foi traçado todo esse caso. Após duas horas
respirando ar puro e bebendo um pouco de água fresca, recolhi-me.
Manhã de quinta-feira, o dia nasceu com a suave
temperatura e permitiu que nos aprontássemos com melhor comodidade, ao entramos
no salão de refeições. Vi que a mulher do xale roxo, estava sozinha, e o rapaz
alto estava na mesma mesa. Percebi que o detetive riu para si mesmo e trocou
meia dúzia de palavras comigo.
- Temos de voltar para o calor da cidade grande.
- Incito que fiquemos ao menos um mês nessa bela
cidade.
- Hugo meu caro companheiro e amigo, eu gostaria,
mas há outros casos para solucionarmos.
Assenti com a cabeça e não insinuei qualquer
pergunta para que não mudasse o humor ou estimulasse alguma euforia em meu
amigo.
- Eles virão até aqui!
- Eles quem? – Perguntei
- Alberto e os oficiais.
- Agora pela manhã?
- Agora pela manhã.
O tempo de que eu pudesse a mexer a colher na
xicara de café, chegaram e se assentaram, dei dois goles e me mantive com olhos
e ouvidos bem abertos ao que o detetive tinha a nos falar.
- Caros, devo me apresentar, me chamo Miguel
Ortegas, sou detetive particular e aceito apenas casos que me interessam, assim
quando recebi tal, percebi que não seria tão simples, mas interessantemente o
bastante para o gozo de minha profissão.
Mas antes gostaria de convidar os demais do salão
para assentarem conosco, tanto a senhora com xale e o jovem da ultima mesa,
assim sendo porei por dentro dos fatos.
O crime de Elen Negreiros é mais um caso simples,
motivo, a herança familiar, tal senhorita com a idade elevada e endinheirada o
bastante para deixar cerca de dez pessoas numa condição altamente favorável,
foi o alvo mais fácil para tal enlace de interesses familiares. Como vemos, o
jovem e o senhor que se esconde atrás do xale, são parentes distantes que
restaram da pobre senhorita Negreiros, isto mesmo meus caros, senhor atrás do
xale, através de minhas referências oculares, percebi em um buraco da fechadura
quando passava pelo corredor e ouvi uma conversa estranha, falando em tom
moderado as seguintes palavras ... moeda... ...reverso..., tive de espiar pelo
buraco da fechadura, pois, recebera na mesma noite um pouco mais cedo, um
telegrama com tais palavras no texto, e vi que o senhor colocara o xale de lado
e tirado a peruca e com um copo largo nas mãos e um liquido marrom, semelhante
ao whisky, ria para o jovem grandalhão. Após considerar isso como um fato maior
dos culpados, tomei referencias de que Jorge Negreiros era um ator falido e
vivia pela bondade e gentileza de sua prima rica, a finada em questão, e Yuri
Negreiros é único sobrinho que a senhorita Negreiros possuíra, no entanto, o
mau comportamento do garoto e o temperamento dificílimo fez que ela o mandasse
para um colégio interno. Aliados, tramaram e executaram a morte de Elen
Negreiros.
- Vejo que descobriu tudo senhor Ortegas! – Disse
com tom franco, Jorge, que há pouco
usava o xale.
Devo continuar, o fato de envolverem a família
Menezes no assassinato, foi apenas para terem um álibi, segundo o dono do
hospedaria o último dia pago para ficarem aqui seria amanha, e com esse tempo
dois dias tranquilos na cidade, ninguém os notaria ou os culparia por tal
crime, que aos olhos nus entendemos como inconciliável, ainda assim atuaram com
maestria, portanto com tal limite de tempo, denunciaram anonimamente à polícia sobre o ocorrido. No dia o qual chegamos, ambos estavam a nossa espera, pois, os dois
mandaram o telegrama a meu nome zombando de minha competência. Estavam nos
mesmos lugares, no entanto, tinha uma moça de cabelos negros, que por mera
coincidência, e por sorte de Jorge Negreiros, passara pela cidade para resolver
assuntos trabalhistas, e o senhor com o xale se apoderou da possível companhia
da jovem na mesma mesa para ludibriar meus olhos e de Hugo meu comparsa, como
sendo sua dama de acompanhamento.
Já quanto a casa, na noite anterior inverteram os
jogo de espelhos, dando assim a impressão que ninguém entrou na casa, pois os
dois lados do corredor há uma pilastra do tamanho do muro para o sustentar, e
são localizados há distancias parecidas, ontem ao sair, eu mesmo o virei e vi
que o jogo de espelhos engana se for colocado do avesso. Sr. Menezes se
esquecera de me avisar que Beatriz Fontes, sua criada, tem um grau ostensivo de
surdez, e que faz tratamento para a cura de tal inconformidade. Os dois
assassinos, esperavam a saída da família, ao saírem entraram pelo corredor, pelo
lado no qual o espelho estava invertido, e o fato de não terem vizinhos, foi a
intenção de colocarem na sua casa o corpo. Ao entrarem colocaram um
pouco de sangue da vítima em um dos cômodos e abriram o baú, e cada um com seus
dois braços a tiraram do lençol e a colocaram com cuidado. Obviamente a criada,
não veria, sendo que as cozinhas nesta região, costumam ficar pelo lado de fora
da casa, assim não permitindo que cheiros provindos de lá se espalhem pela casa.
Como ela estava na cozinha, daria tempo suficiente de fazerem o que fizeram e
saírem ilesos, mesmo que na cozinha o jogo de espelhos funcionasse da mesma
maneira.
Com uma das mãos sobre a boca Sr. Menezes preferiu
ficar quieto e olhar fixamente para o semblante orgulhoso de Miguel Ortegas, o
qual, finalmente disse:
- Após solucionado o caso, me retiro e os deixo com
as devidas provisões a serem tomadas pelos oficiais.
- Marcos Leite