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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Estrelas cadentes




Localizarei um caminho a ser explorado, contudo nada vai me atrapalhar, posso mesmo encontrar, se eu estiver disposto, seria benquisto neste local? O gosto hermético de minhas palavras podem ocasionar uma breve enxaqueca, raramente veria isso nas folhas manchadas dos jornais.
Colo meu dedo ao seu, e que o selo delicado da fina membrana, sugues um pouco de minha brilhante imaginação, e trate de correr assegurando a ti mesmo a segurança, pois os pássaros e o esfuziante brilho das estrelas correrão por todo seu corpo e o alarido perpetuará pela vizinhança.
Percebes o que venho lhes dizer? Se estabeleça em pé, com os membros inferiores juntos, assim como no exército, troque mais de uma vez sua máscara, não continue com este semblante sisudo, mostre-me, a leveza de sua alma, e transpareça os pêssegos no rosto, ao invés de maças descoloradas. Gostas de viver?
Uivo, assim os brilho efervescerá, salte e corra, não seja tão egoísta com a humanidade, brilhe para que todos a vejam, não seja rápida por ter vergonha, e também não demore tanto, o espetáculo pode ser curto, porém sua extensão irá cruzar os desertos. Peço que se apresse, não há tanto tempo assim, o que mais posso lhe afirmar, é que outras também irão, embora com o tempo devido.
Oh! Estrela cadente, flane no ar e entre as outras estrelas, elas estão a sua espera, aguardando como a plateia no circo, olhos brilhantes e peitos inflados, mirem a parcela negra do universo e dancem a valsa do esplendor, driblem os meteoros e envolvam-se na magia do amor.
Não esmoreçam, brilhem para o seu interior, que assim assuma a beleza da criação e tornem-se um astro novo ou elevem sua luz para os lados sombrios, os recheando da plenitude, e não te esqueçam, que sois obras do criador.

- Marcos Leite

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