Meticulosamente abranger opiniões arbitrárias de searas de contestações, implodir ou catapultar opiniões de mestres e ícones, a versatilidade mental em contexto com a grande populosa opinião, ou quisera a síntese restrita na fé interior.
Indulgência mundial seria uma ótima correnteza para o mar, se bem que todos os questionamentos e teorias sejam incompatíveis, o mar realmente esta poluído de óleo e água, a tênue que os separa, talvez o limiar das opiniões controversas que permeiam os seculares, extremistas e bobos.
Quisera eu estar entre Freud, Moisés e São Lino o #2 Papa numa mesa redonda para conversarmos e acrescentarmos nossas opiniões quanto a crenças, poder e presunção. Acredito eu que São Lino estaria com a melhor seda, ou melhor tecido em suas vestes, Freud com uma certa soberba, e Moisés, com sua singeleza e tenacidade. Bem pudera eu estar da maneira que eu quisesse, de bom grado ou não, a roupa não vai mudar minhas idéias e as atitudes.
- Caro Freud, hoje vejo que há alguns anos tem se questionado do quanto tempo as pessoas tem perdido com a fé e crendo em um Criador?!
- Moises querido, já você zombam o quanto de mito seu legado deixou e quantas pessoas se sentem em êxtase ao pensar que você sequer existiu e o que a bíblia retratou foram pessoas sem inspiração divina!
- São Lino, sua santidade! Que honra tê-lo em minha mesa o qual grado e bom interesse o trouxe aqui, deixando todas suas regalias e o conforto para sentar-se nessa banquetinha de mogno de segunda linha.
Uma intensa e voraz discussão sobre a existência da humanidade, crenças e sapiência. Creio que deliberadamente Lino tenha ficado do Lado de Moisés para afetar Freud, porém ele com toda sua coerência e sabedoria tenham travado um belo duelo. No entanto Moisés como fiel filho, aposto minhas fichas que não tenha se corrompido de sua fé e convicção, apesar de que certos motivos e perguntas que fizera a Freud e Lino não o tenham respondido. Ah! Mas também pobre Papa, foi massacrado com tantas questões sobre erros e recursos financeiros, quiçá compreendeu o quanto difícil deve acompanhar uma nação com diversidade religiosa.
- A indulgência dos cavalheiros deve ser melhorada meus caros, não se pode fazer com que alguém pense ou creia da maneira que um ou outro pense. Voltamos para a lei da liberdade, se cada um pensa que a pedra é o infinito, tomara que as eras não a mudem de estado, e que no fim não a torne terra. Ou quem sabe se a eternidade existe, se fizeres o bem e andar no caminho correto, não desviando para esquerda nem para direita, conseguirá êxito. E pensarmos também que não existe nada, somente viemos do pó e voltaremos para o pó e não existe nada além da morte ou mesmo que a terra veio de uma explosão, é melhor aproveitar para gozar da vida enquanto pode, pois 45, 60 ou mesmo 89 anos creio que não tardem a passar.
- Sir, M. Leite a convicção vem de cada um, estou correto? – Freud
- A vida na terra é um sopro! – Moisés
- Terás de confessar suas palavras se tiveres o coração mau! – Lino
Tempos e contratempos, dizimados pela própria língua, quantos estão feridos, famintos e com dor, alguns realmente pensam que isso tudo é culpa de Deus, um tanto hilário e ignorante da parte de quem tem esse pensamento, a conduta dos governantes e pessoas de Estado nada tem a ver com obras do Senhor, acusar com o dedo inquiridor e fumegar a importância das coisas da terra contra a fé das pessoas, de nada vai adiantar.
Se crer e ter fé na criação mas de modo que afete o relacionamento com outros é como jogar uma pedra na água e esperá-la flutuar para pegá-la de volta, isso não vai acontecer. O respeito a diversidade é necessário, independente da lei de pregar ao próximo, se fizeres isso e não obter êxito, não quer mesmo que a outra pessoa tenha disponibilidade e paciência para você falar a mesma coisa. Tentar é necessário, já obrigar...
Um tanto saudável meus honorários convidados seria todos nos darmos a mão e agradecermos pela comida, no entanto não quero zombar de ti meu caro Freud, mas ás vezes uma pequena brincadeirinha não vai nos afastar e sim tornarmos mais sociáveis.
O temor ao Senhor é a mais bela das coisas, fechar os olhos e clamar, e saber que cada voz no mundo é diferente e Deus sabe cada uma que clama, ora ou blasfema. Certas condutas terão o julgamento, bem creio assim, espero senhores que não me questionem, assim como não pretendo alfinetar com qualquer tipo de escárnio suas afirmações.
Se realmente Freud estiver certo de que a religião é uma neurose, creio que grande parcela das pessoas estejam em tratamento, com minhas mãos colocadas sobre as suas e olhando no fundo de seus olhos meu amigo, digo que mantenha sua opinião diferente da minha, e que nossa amizade não se corrompa por isso.
Entre vocês dois aí, sinto um clima de intriga, não se pode caracterizar um pelo outro segundo a fé caros, Moisés você teve o privilegio de uma maior comunhão, já Lino teve de passar por todos os dogmas da igreja, seja eles errados ou não, não sou eu que vou julgar isso.
Requisitadas presenças tenho hoje comigo, e isso posso me vangloriar para sempre perante aos outros da sociedade e amigos, quem já esteve com vocês três ao mesmo tempo? Não apelo para nada, só sou grato ao despenderem de tempo para entrosar nossa amizade e relação, peço que não saiam aos quatro ventos me chamando de herege, prevaricador, ignorante ou mesmo dissimulado. Seria de péssimo tom!
O que deixo a vocês é o amor, a lei da vida, para poderem alcançar a paz e a felicidade, sem necessitar utilizar das línguas ferinas para impor sua opinião, melhor tocarem a mão um do outro e fazer um gesto de tolerância e respeito com a cabeça. O tempo passará igual para todos, o sol e a noite serão idênticos. Você apegar-se a rancores e ódio por conduta de outrem não vai te adiantar de nada e sim trazer uma doença degenerativa causada por esses sentimentos corrosivos.
Sir. Sigmund, grande Moisés, sua santidade São Lino, meu agradecimento!
- M.leite