Não extraviamos nossas vidas do amor. O simples intuito dela é abraçar a espessura do sentimento inutilizando as ironias, palavras maledicentes, vislumbrando os olhos ternos quando fores dormir, o que importa da vida se não tens ninguém?
Posições, cargos, estirpes,
castas, níveis, não passam de meros detalhes da sociedade, não possuem nada
além do orgulho, o poço do homem, e o flagelo, lógico que o amor fosse uma
companhia S.A., a ruína seria todas esses títulos, infringir a lei do amor, é algo
da vida, seguir teu caminho blefando contra tua própria lealdade é o fardo.
Homens e mulheres, quantos
existem por ai? Quem poderia imaginar uma sociedade perfeita, aristocrática,
imunda, riquíssima, de capital? Talvez, paupérrima, pequena, vulnerável, de
sentimentos reais. Um bom texto seria se não estivesse sendo tão determinista!
Tens razão, há seres que amam sem cobranças ou que permanecem a espera de algo
em troca, alguns que conheci, viviam em seus casebres e mal tinham o que
vestir, mas nas noites de lua cheia, dormiam satisfeitos da comida e recitavam
doces declarações de carinho na cama maltrapida.
Serafins, querubins, luz, ouro,
beleza, festas magistrais. Ah! Porque ainda estão sentados nessa sala de cinema
mental? A beleza do carinho e do amor não estão preocupados com o que o que tua
cobiça desejas, és licito pensar em grandes coisas, a benevolência e os sonhos
devem percorrem nossa alma, mas, jamais superar a proximidade e a ternura a
quem tu cativas!
Um ancião pragueja a morte de tua amada, pobre, talvez reste apenas algumas semanas de vida, não deveria tratar algo tão natural com tanta falta de compostura. É caro, é que ele talvez tenha percebido, a que a jovialidade e alimento da vida é o amor, pobre, agora digo, talvez se deprima tanto que seus dias comecem a definhar, na esperança de encontra-la novamente.
Um ancião pragueja a morte de tua amada, pobre, talvez reste apenas algumas semanas de vida, não deveria tratar algo tão natural com tanta falta de compostura. É caro, é que ele talvez tenha percebido, a que a jovialidade e alimento da vida é o amor, pobre, agora digo, talvez se deprima tanto que seus dias comecem a definhar, na esperança de encontra-la novamente.
Nênias soam por muitos cantos, olho acima de meus pensamentos, e ajeito alguns papéis, estou atrasado, um encontro com a gentileza, seria uma infâmia faze-la esperar, a afinidade pode ser que fique farta de esperar-me também, hoje ainda quero beliscar alguns quitutes italianos, deixando um pouco minha dieta e todas minhas preocupações aqui nesse papel ridículo.
Caro
humano, a vida segue mais rápido que um leopardo em busca de tua caça, as
oportunidades pairam como borboletas leves e flutuantes, e escorrem como
mercúrio sobre a superfície plana, as reflexões de tuas atitudes soberbas
deveriam ter sido vistas há muito tempo, ninguém será bom para você nunca?!
Deixe que os outros falem de você, o mar é insultado pelos banhistas todos os dias e
nem por isso deixa de beija-los com tuas ondas. Uma canção tocará em teus
ouvidos, o frêmito da vergonha e insegurança o farás suar, e o enlace de
sentimentos uma hora o esfuziará.
- Marcos Leite
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