Social Icons

.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Sibil



Pules, não intervenha, está a espreita
Um uivo, ouço, não passa de um ritual
O alarido dos pássaros na noite, não existe.
Um lago, aqui jaz minh'alma.

Corte o lábio, e perfure, a agulha desenha.
Chamarão te de bruxa, um elogio.
Lance ao fogo, as partes podres
Os corpos estão nos ataúdes, com fartura.

Sibil, és tu, a lua da noite
Grasne seu sorriso para o breu
Um feitiço, hedônico, letal.
Assopre as velas, sortilégio lançado.

Sentado aqui, sob o luar refegado
Olhos erguidos, no céu cinzento
Sou violento, e isso és um tormento.
Ao meu redor, sinto as pupilas rúbidas cada vez maiores
me confrontarem...

Elas me afrontam a trucidar
Olhando-me e dizendo-me:
O que houve com você, filho, voltarás a ser quem eras!
Transmutação.

Respondo-lhes com uma pergunta parecida:
O que houve com nós dois?
A vida se esvai assim, sem avisar
Surge no céu como uma nuvem vulgar...

- Dueto de Mauro Alves e Marcos Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário

 
 
Blogger Templates