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terça-feira, 22 de maio de 2012

Entorpecimento Tépido

         Transpassada a fumaça de meu cigarro recordo, os rinocerontes que estão pelas nuvens, cálidos de seu sopro dominante. Ainda que pudesse pensar todas as pegadas que ainda estipulassem um certo assassínio, envolveria todas as maldiçoes desse pueril som. Aliás, saberei realmente que as letras torneadas do esdrúxulo grilhão, tenha sucumbido ao gris de meu ver?
Fulguras emitida de um lastro imundo, era o que a menina de meus olhos retratara quando a peste pairou ao ar e arremessou sua afronta aos carnais. Oh, Cabrón! Articulado, embora suas chamas peregrinassem o labirinto de ilusões, ainda que tardasse, uma carnificina bruxulearia.
Saprófitas emolduradas nesse plano incerto de linear e confusa topografia, gostaria realmente que súditos me carregassem, embora estivesse mais imundo que um javali entre a lama. Cintilante é aquilo que vi e nunca esqueci, de que minhas pálpebras se fecharam e traçaram suas vestes pecaminosamente alvas e belas. Surgiu de minhas unhas, a ira, mas cessara com a calmaria do vulcão.
Escárnio a meus ouvidos de sentinelas invisíveis, a busca de uma couraça e um capacete titânico. Sumam de minhas cartilaginosas orelhas e se estropiem na quinta parcela do sol, próximo ao Si sustenido e soem para o resto do esquecimento meu urro de perdão.
Ao memorizar as paredes desencontradas das ruínas, quisera cimento e gatos, utilizados para apenas estraçalhar toda a velha estrutura, seus tijolos negros pulariam para o verniz do lago sem fim.


Personalidade conhecida e aclamada pelas mentes inúteis, hoje me deparei, desprezivelmente suas longas madeixas foram arrancadas e lançadas ao tanque, o trote de um potro feroz flanou algazarras cruéis, de que meu peito nunca teria as visto dessa maneira tão insípida e maculada.
Mas ao retumbante poema, libertei o grande som, e obtenha êxito para todo o terreno de faculdades mentais e teóricas a cerca de sua constante velhice peculiar, ao austero dardo de fuga, seja sua vala ou procure as rosas.

-M. Leite

Um comentário:

  1. É um texto poético, perturbador, muito bem escrito, insanamente belo.
    Grande abraço e sucesso!

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