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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O lamento de Etta James


O dia dobrou-se, o blues hoje está mais melancólico do que o costume, perdeu um dos seus, morreu Etta James, a fabulosa e aveludada voz. Inspiradora de potenciais divas da atualidade que se tornarão majoritárias com todo o trabalho e perseverança que a mesma teve.
Conhecida também por Miss Peaches, foi integrante aos 14 anos de uma banda rotulada por esse mesmo nome, que por ironia ou mimo foi apelidada assim. A cantora era uma grande solista na igreja, depois o blues a afastou e a mostrou as paradas de sucesso. Lançou hinos e um álbum considerado o melhor de blues do mundo, chamado Tell Mama, com influências gospel e rock, também lançou canções que elevaram casais e pessoas ao céu, At last, a mais tocada de Etta, usada na década de 50 em diante como a música mais usada em casamentos.
Uma vida conturbada, sofreu com problemas com o peso, obesidade mórbida e complicações com vício em heroína, não teve apoio materno, sua mãe uma mulher dominada pelas drogas e desapego, nunca conheceu o pai, supostamente por ter sido fruto de uma noite inebriada.
Ganhou destaque no coral da igreja, onde ela cantava e as pessoas choravam por tanta beleza evocada e dom. Sem sombra de dúvida após se afastar dos corais, Etta triunfou com músicas que contavam a dor e o amor, uma arbitrariedade infinda no coracao de uma mulher.
Inspirou Christina Aguilera, Adele, Beyoncé e muitas outras cantoras do cenário pop, todas amantes da voz grave e poderosa da dama do Blues, Peaches com certeza foi a maior inspiradora dessa geração de novas e boas cantoras, suas músicas tiveram covers honorários na voz de ambas e até estrelado sua vida nos cinemas, embora não tenha agradado.
Hoje o mundo perdeu uma das maiores cantoras do mundo da música, uma morte tão triste quanto seu estilo musical, morreu de leucemia e a demência também ja a tinha consumido. Embalou muitos corações por onde passou e somou tantos casamentos que populou mais que uma América inteira. Acredito que tenha pegado carona no carro de Johnny Otis (músico que morreu dia 17 de janeiro – encontrou Etta James e suas amigas cantando da década de 50) e se foram para o Olimpo dos grandes artistas onde cantarão para sempre.

- M.Leite

3 comentários:

  1. Desde que assisti Cadilac Records me apaixonei por Etta James. Desde então, passei a ouvi-la constantemente.Uma perda irreparável pra nós e para a música.

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  2. Etta é uma das minhas prediletas, é impossível não gostar da sonoridade de sua voz e de seu modo diferente de cantar. No Pintando Música ela foi uma das primeiras postadas. Etta, para mim, é eterna, assim como Billie Holiday.

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